O que acontece quando um estudante de Comunicação, fanático por música, resolve falar sobre o tema? A resposta está aqui... um blog ao estilo Jukebox de ser, que tenta fazer um mix de todos os questionamentos e dicas sobre uma arte essencial para viver, a música.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Isso é Coisa de Zé!!!


Olá galerinha, depois de um tempo sem escrever, eis que apareço. Desta vez não farei nenhuma análise critica sobre artista ou música. Venho relatar meus novos mergulhos no mundo da música, em especial no mundo do forró pé-de-serra.

Há algum tempo tenho me inserido no universo da produção de eventos, em particular dos eventos de forró, sempre focando na área de comunicação. Minhas investidas eram normalmente no registro fotográfico desses eventos, e sem um caráter formal, ou melhor, profissional. Entretanto, na ultima sexta-feira, dia 26/03, resolvi expandir minhas funções, e tive minha primeira experiência naquela que muitos, sabe-se lá por que, atribuem ser minha profissão – o jornalismo.

O Forró no Centro é um evento de forró pé-de-serra – nome e conceito criados por mim (não podia deixar de me aparecer... hueheuhe) – que em suas 3 edições tem contado com a participação de bandas do cenário local, como 3 Matutos e Trio Xiboquinha, e do cenário nacional como o Kuki Malino e o Coisa de Zé, primeira banda entrevistada por mim. A seguir, vos apresento a síntese daquela que foi a minha primeira reportagem.

E forró é “coisa de Zé”?

Em São Paulo, a expressão “isto é coisa de Zé” designa o que não é muito legal, e como lá o forró não é um gênero tão popular, é considerado uma “coisa de Zé”. E foi levantando a bandeira do forró que quatro jovens, vindos de diferentes gêneros musicais, adotaram o nome Coisa de Zé como uma forma irreverente de se opor a tal pensamento.

O grupo Coisa de Zé é formado por Tatu Szember (sanfona), Dudu Lima (zabumba), Diego Germano (triangulo e voz) e Rodrigo Vaz (cavaquinho). Talvez, alguns devam está se perguntando: cavaquinho?! É isso mesmo. Um cavaquinho aliado ao trio base do forró. Tive a mesma surpresa ao ver essa formação que, segundo seus integrantes, só fez aumentar a aceitação do publico em relação à banda.

Foi a primeira vez do grupo na Bahia. Quem foi ao Forró no Centro, pôde conferir uma apresentação super animada, como nos disse a produtora de eventos Gabriela Valverde, a Gaby Roots. De acordo com a produtora, apesar de recente, a banda tem um repertório legal e uma velocidade muito confortável – segundo ela, “dá pra dançar sem morrer”.

Em minha opinião, o Coisa de Zé possui uma execução técnica muito boa – uma harmonia entre os instrumentos que empolgava. Segundo seus integrantes, a banda tem como principais influências artistas da velha guarda do forró como Jackson do Pandeiro, Luis Gonzaga, Jacinto Silva, Dominguinhos, dentre outros. Embora suas vertentes musicais permeiem campos como o sertanejo, a MPB e o samba, além do autentico pé-de-serra, bandas do novo cenário do forró não constituem uma influência direta para o grupo.

Em nosso bate-papo, os meninos disseram ter curtido a recepção do baiano, e se mostraram empolgados para o show que, como já mencionado, foi a contento. Sobre o futuro, questionei a banda sobre a Meca do forró universitário, Itaúnas, e tive meu primeiro furo de reportagem (rsrsrs). Soube em primeira mão que o Coisa de Zé não só estará no Festival de Itaúnas, como também concorrerão com a música “É disso que eu tô falando”, a ser gravada até o festival.

Ah, quanto ao questionamento feito... Se os caras continuarem nessa pegada, o forró tem grandes chances de virar uma Coisa de Zé.


Fotos: Adriana Carolinne.

PS: Este texto estará em breve também no blog Enraizando o Forró.

PS2: Se possivel, COMENTEM O TEXTO!!!

Caipora do Mato - Coisa de Zé (Forró no Cetro, 26/03/10)