O que acontece quando um estudante de Comunicação, fanático por música, resolve falar sobre o tema? A resposta está aqui... um blog ao estilo Jukebox de ser, que tenta fazer um mix de todos os questionamentos e dicas sobre uma arte essencial para viver, a música.

sábado, 23 de agosto de 2008

Ao mestre baiano!!!

Faleceu no dia 16 de agosto de 2008, meu conterrâneo, o poeta Dorival Caymmi. Em virtude da correria da vida cotidiana, não pude prestar esta homenagem antes, por isso aqui estou, com o respeito e a devoção de um ente que celebra a missa no sétimo dia da morte. Não posso me considerar um Fã (com letra maiúscula), mas alguém que teve a oportunidade de ouvir e cantar algumas de suas obras mais famosas e que, como bom baiano, não poderia deixar de prestar essa lembraça.

Dorival Caymmi nasceu em Salvador, em 30 de abril de 1914 foi um cantor, compositor, pintor e ator brasileiro. Compôs sobre os hábitos, costumes e as tradições do povo baiano. Tendo como forte influência a música negra, desenvolveu um estilo pessoal de compor e cantar, demonstrando espontaneidade nos versos, sensualidade e riqueza melódica. (Wikipédia)

Um poeta que cantou de maneira sutil o jeito de uma Bahia de um tempo que não é o meu, mas que nem por isso me faz sentir menos orgulho. Sou de um tempo em que terno branco e chapéu de palha é peça de museu. Um tempo em que a beleza das morenas é retratada de forma vulgar, nada poética. Um tempo em que não se é mais possivel observar a arte da pesca, num ritmo frenético dos milhares de carros. Talvez por isso me sinta tão orgolhoso de saber que alguém – Caymmi – foi capaz de captar tudo que havia de mais belo e mais sincero nesta terra que, ele amou, e eu amo.

Não há mais o que falar sobre esse baiano que mesmo de longe não deixou de amar sua Bahia. Paasou, provavelmente, pra um lugar melhor após 94 anos de uma produção louvavel. Uma herança para música popular brasileira que, certamente, poucos deixarão. Não me refiro apenas as belas canções como a celebre “O Que é Que a Baiana Tem”, imortalizada na voz de Carmem Miranda, “Saudade da Bahia”, “O Samba da Minha Terra”, além de tantas outras.

Não satisfeito em ter nos deixado obra tão maravilhosa, ele deixou para os brasileiros uma herança genetica fantástica chamada Dori, Danilo e Nana. CAYMMI – esse sobrenome não se esquecerá.

Vá em paz!!!

Abaixo, uma das músicas mais fantásticas de Caymmi, interpretada junto com Gal Costa. E logo após uma bela canção interpretada por um de seus herdeiros musicasis, Dori Caymmi.

Só Louco - Dorival Caymmi e Gal Costa .





É Doce Morrer no Mar - por Dori Caymmi.


quarta-feira, 6 de agosto de 2008

Um beijo roubado


Foi meio de sopetão que eu decidi assisti Um beijo roubado. Tarde de terça-feira, não havia nada de imediato a ser feito e pensei “Por que não?”. Ao conferir os filmes em cartaz me deparei com My Blueberry Nights (título original), que seria exibido numa sala distante de mim cerca de 40 minutos. Já tinha ouvido elogios a respeito do filme e sabia que a cantora de jazz Norah Jones fazia parte do elenco (é... agora cantora e atriz), o argumento final que me convenceu definitivamente a assistir ao filme foi o preço do ingresso: R$ 2. O filme estreou nos cinemas brasileiros em maio passado. Aqui na Bahia, ele ficou quase que restrito apenas às salas de arte. Quase... porque agora ele está em cartaz no Cinemark.

A história narra a trajetória de Elizabeth (Norah Jones), uma “moça com o coração partido” por descobrir a traição de seu namorado. Ela conhece Jeremy (Jude Law). Ele é o dono do café para o qual o namorado de Elizabeth levou a “outra”. Ela passa a freqüentar o local após o fim do expediente. Algum tempo depois, Elizabeth viaja pelos Estados Unidos com o objetivo de esquecer o ex, mas não perde contato com Jeremy. Durante a viagem, encontra outras pessoas com problemas em seus relacionamentos amorosos e familiares. E, a partir desse ponto, não dá para contar mais nada, só assistindo, rs.

O filme é muito bom! Apesar de todo o romantismo, em momento algum ele chega a ser “água com açúcar”. Mas, o meu maior elogio vai para a trilha sonora. Norah Jones além de atuar também participa da trilha com The Story. Além dela, outras vozes que embalam a narrativa são a de Cat Power (com duas canções), Amos Lee e Cassandra Wilson. Nem esses nem os outros nomes são lá muito conhecidos aqui no Brasil. E, não há, entre as canções nenhuma com gritos enfurecidos e instrumentos pesados. Entretanto, todas estão em acordo com o clima apresentado pelas imagens. Em Um beijo roubado som e imagem formam um par fantástico, em perfeito equilíbrio.

E concluindo, o filme é do diretor Wong Kar Wai, aclamado por seus trabalhos anteriores como Amor à flor da pele e 2046 - os segredos do amor. Ah, e o elenco... além da Norah Jones e do Jude Law, ainda traz as atrizes Rachel Weisz e Natalie Portman.

Ao navegar pelo site oficial do filme, é possível ouvir um trecho de cada música da sensacional trilha de Um beijo roubado: http://www.umbeijoroubado.com.br/

O vídeo abaixo é da música The Greatest, da Cat Power. Em minha opinião, uma das mais belas canções do filme.


segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Amy, Amy, Amy


Um certo dia, minha chefe apareceu lá na Assessoria (estagio em uma ascom) com o cd Frank , o primeiro lançado pela "bad girl" do momento, Amy Winehouse.

Eu imaginava naquela época (uns 3 meses atrás) que "Rehab", "Tears dry...", e "I'm no good", faziam parte de uma obra prima vocal compactada em uma "mídia". Que engano!

Costumava dizer: - Sim, conheço Amy Winehouse há um tempo e adoro ela.

Mentira! Eu pensava que conhecia.

Eu, viciada em música, e em pedir o que não me pertence, peguei emprestado o cd. Levei o para casa, e lá pude perceber o quanto estava equivocada sobre Amy Winehouse.

No primeiro contato, "viajei" em "Stronger Than me". Sequencialmente fui me envolvendo com "You sent me flying", "Fuck my pumps"....até chegar na décima terceira e última faixa.

Que mané "Back to Black", não o desmerecendo é claro. Mas a tal "obra prima compactada" era e é sem dúvida, Frank.

Joss Stone, e as outras "clones vocais" de divas do soul que me perdoem, mas Amy faz a diferença, ela é a Aretha Franklin dos anos 2.000, mesmo sendo branca, e claro que com mais bebedeiras, drogas e etc etc etc.
Mas é isso aí, e tá dito!
Amy, Amy, Amy.