O que acontece quando um estudante de Comunicação, fanático por música, resolve falar sobre o tema? A resposta está aqui... um blog ao estilo Jukebox de ser, que tenta fazer um mix de todos os questionamentos e dicas sobre uma arte essencial para viver, a música.

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Que venha 2010!!!

Olá possíveis leitores deste blog. Vim agradecer a vocês que acompanharam os poucos posts que escrevi neste ano de 2009. Este foi um ano de muitas transformações em minha vida. Perdas, conquistas e muita luta. Quero reafirmar o que disse no último post - não abandonei e não vou deixar este blog. Pretendo neste ano de 2010 retomar pra valer a atualização do JukeBoxMix.

Enfim, quero aproveitar também este último texto do ano para desejar, a todos que o lerem, um 2010 repleto de realizações, conquistas, paz, saúde e, por que não, consciência ambiental - a situação está ficando feia.

Como não podia deixar de ser, deixo pra vocês uma música que fala de algo que precisamos reforçar a cada novo ano, a cada novo dia - a PAZ.

Feliz Ano Novo!!!

A Paz - Gilberto Gil

domingo, 27 de setembro de 2009

Esperem que volto!

Olá pessoal, por uma série de situações tenho tido pouco tempo para o blog mas não o abandono. Enquanto me encontro nesse turbilhão, passarei a postar regularmente vídeos de músicas que gosto. Gosto sempre de analisar as músicas mas em quanto não é possível... divido com vocês as músicas e artistas que escuto e curto. Para começar... James Morrison!

James Morrison 'You Give Me Something'

terça-feira, 25 de agosto de 2009

SELO!!!!

Ganhei do blog Tico Tico no Fubá http://ticoticonofubaarte.blogspot.com/ o SELO BLOG DE OURO.

Agradeço a Ana Paula pelo selo. Para falar a verdade eu não tinha idéia que este blog de fato tinha seguidores.
Seguindo com a indicação, preciso escolher outros blog para ganhar o selo. Como não tenho acompanhado muitos blogs vou indicar um que não deixo de visitar, ainda que rapidamente.

1-Leorama

Fico devendo quatro blogs pra indicar... faço isso depois. valeu!


Regras:1-Exibir a imagem do selo; 2-Postar o link de quem indicou; 3-Indicar alguns blogs de s/preferência; 4-Publicar as regras.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Georgia On My Mind

Outro dia, revirando o youtube atrás de boas músicas para ouvir, me deparei com uma canção que acho sensacional. A canção: Georgia On My Mind, do incomparável Ray Charles. Como é comum acontecer em sites como Youtube, me vi percorrendo diversos vídeos relacionados ao primeiro, e, assim, conhecendo diversas versões desta música por artistas de epócas e estilos relativamente diferentes.

Vários artistas da velha e da nova geração já gravaram ou colocaram esta canção em seus repertórios. Como não poderei colocar todos os vídeos num único post, resolvi postar quatro destes vídeos para que vocês, possíveis leitores, possam assistir e análisar quais dos arranjos e interpretações te atraem mais.

Não pretendia colocar tantos vídeos num mesmo post mas, tentando fazer justiça, optei por contemplar uma voz feminina, uma masculina e um dueto. Além do original, é claro. O primeiro deles, obviamente, como não podia deixar de ser, é a versão interpretada pelo compositor (Ray Charles). As demais versões ficam por conta de cantores americanos da nova geração: Yolanda Adms, Usher e o dueto de Alicia Keys e o ator e cantor Jemie Foxx.


Espero que curtam a música, ouçam as versões e, se possível, deixem comentários sobre sua preferida - ou outra versão que tenham visto. Valeu.








terça-feira, 28 de julho de 2009

Música ecumênica.


Olá galera, olha eu aqui dando sinal de vida...

No último fim de semana fui convidado por uma prima a fazer um programa que, definitivamente, não estou habituado. O convite consistia em participar de um forró que ocorroria na igreja protestante a qual ela fazia parte. Confesso que, mesmo sendo viciado em forró e tendo aceito o convite quase que no automático, fiquei um tanto quanto ancioso para saber como seria um "forró de crente". Mas o forró acabou nem rolando...

No entanto, antes de saber que não haveria o forró, acompanhei, junto com minha anfitriã, o culto da noite - dedicado ao público jovem. Embora espírita, consegui extrair daquela forma diferenciada uma mensagem muito legal. Foi proveitoso estar ali. Mas, não é sobre religião que trata este blog e sim sobre música. E foi isso que me levou a este culto e, do momento em que cheguei até a hora que saí, que me manteve, de certa forma, sintonizado ao ambiente "estranho".

A música de crente, ao meu ver, de forma geral, é uma música "normal" com uma letra que busca propagar a mensagem da religião. Nas duas, três horas que estive no local escutei rock, rap e pop com letras que axaltavam o nome de Cristo. Ruim? Não. Apenas diferente para mim. Mas não o suficiente para me fazer não percebê-la.

Já dentro do carro, deixando a igreja com a frustração de não ter dançado o forrózinho, e com o desejo de prolongar nosso sabádo a noite, a música que eu ouvi minutos antes sucitou em mim um pensamento - nenhuma religião deixa de utilizar essa arte. Lembrei da igreja católica com suas canções de luvor aos santos, as missas cantadas, das músicas suaves tocadas nos centros espíritas, dos sons fortes e retumbantes dos tambores e atabaques do candomblé, das músicas instrumentais que retratam os sons da natureza, tão comuns a tantas filosofias de base oriental.

Percebi naquele momento que, apesar de frequentar a maioria dessas religiões em raras ocasiões, apenas atendendo a convites, as músicas sempre me atraem. De certa maneira, elas diminuem o estranhamento causado pelo novo - quando é o caso. Enfim, é a música... sempre ela.

Tentando meio que traduzir, de certa forma, o intuito e a música de todas as religiões, deixo abaixo uma música de Carlinhos Brown, interpretada por Maria Bethânea e Ivete Sangalo. Espero que gostem. Até a próxima e não deixem de comentar os textos. Valeu.

Ivete Sangalo & Maria Bethania - Muito Obrigado Axé

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Elas Cantaram Roberto Carlos

No ultimo domingo (31/05/09) a Rede Globo levou ao ar o show “Elas Cantam Roberto Carlos” que fez parte dos eventos em homenagem aos 50 anos de carreira do “rei”. No evento, as principais vozes femininas do país interpretaram as principais canções de Roberto Carlos. Ivete Sangalo, Nana Caymmi, Cláudia Leite, Fernanda Abreu, Marina Lima, Wanderléia, dentre outras, fizeram emocionadas interpretações, como quem realmente reverenciavam à Magestade.

Como já era de se esperar, o show foi simplesmente brilhante. Cada cantora, em seus diferentes estilos, deram o melhor de si para passar a emoção existente nas românticas canções do precursor da Jovem Guarda. Ivete Sangalo com sua voz firme e singela abriu o espetáculo com “Olha” e o encerrou com “Os Seus Botões”. Ana Carolina trovejou a “Força Estranha” composta por Caetano Veloso e incorporada por Roberto. A melosa e delicada voz de Sandy Leah entoou “Como É Grande o Meu Amor Por Você”. E Marília Pêra voou numa dramatização absolutamente teatral em “120... 150... 200 Km Por Hora”. Diferentes e femininas vozes cantando o amor do rei.

Dentre tantas vozes, uma me surpreendeu. Ao cantar "Você não sabe" Hebe Camargo fez aquela que, a meu ver, foi uma das melhores performances da noite. Já havia escutado sobre o gosto da apresentadora pela arte de cantar, mas não sabia que tinha sido essa sua primeira profissão, e muito menos o quão tocante era sua interpretação. Tão acostumado as suas gracinhas entre os celebres convidados de seu programa, desconhecia o seu lado cantora. Definitivamente, uma tocante surpresa. Um show de interpretação. Um show de emoção.

Não posso deixar de falar daquela que para mim foi a maior emoção do show – Alcione cantando Sua Estupidez. Visivelmente, foi a melhor interpretação da noite. Mais uma vez Marrom mostrou o que é cantar com emoção, mais do que isso, mostrou o que é passar emoção. Os gemidos musicais da negra maranhense, dignos das divas do soul americano, deram um toque todo especial a letra sentimental da canção.

Creio ter sido essa uma homenagem que o rei do rock, da música romântica, da MPB, jamais esquecerá. Apesar do reconhecimento e das milhares de oportunidades vividas por Roberto Carlos nesses 50 anos de carreira, penso ter sido essa uma emoção singular. Uma emoção que certamente esse quase septuagenário que há cinqüenta anos faz música terá como ponto alto e reconhecimento maior de seu trabalho.



Você não sabe – Hebe Camargo


Sua Estupidez - Alcione

segunda-feira, 18 de maio de 2009

De Blog pra Blog

Olá possivéis leitores deste blog, hoje não vim falar de nenhuma banda, nenhuma música, nenhum artista. Vim apenas fazer um convite, que, obviamente, trata-se de música.

Na última quinta-feira, o Blog Leorama (o qual eu já comentei em outro post aqui) publicou mais uma edição do Ramacast - podcast do blog. A 8ª edição do Ramacast teve como tema Trilha Sonora de Filmes, e este blogueiro que vos escreve, que tem um blog sobre música e é leitor do Leorama foi convidado a participar da discussão.

No podcast, Leo (dono do blog), o Raminha (irmão do Leo), Yuji, Duda, demais integrantes do blog, e eu, falamos de trilhas muito boas - sempre com muita discontração. Uma experiência muito massa. Enfim, espero que todos que por ventura leiam este texto confiram o podcast.

Abaixo deixo uma música que faz parte de uma das trilhas comentadas.
Valeu!


Gilberto Gil - Esperando na Janela




Leorama - http://www.leorama.org/
Ramacast 8 -

sexta-feira, 24 de abril de 2009

Vitrine Orkut

Em mais um dia tedioso, de muita chuva e nada pra fazer, em frente ao computador, atualizando sucessivas vezes a pagina do Orkut na esperança de algo novo, eis que acontece. Em meio a tantas atualizações de fotos, depoimentos, aniversários e outros, um vídeo me chama a atenção. Na imagem, um rasta loiro com um violão em mãos – foi o bastante para chamar minha atenção. Fui olhar o vídeo.

Silas Giron, esse era o nome do violeiro. Num autentico vídeo caseiro, disposto no youtube, e replicado na seção de vídeos do Orkut, fui apresentado ao trabalho desse artista, que produz um som que eu ousaria chamar de MPB Roots. Com visível influência de uma genuína MPB, o cantor não deixa de mostrar em seu trabalho uma infinidade de elementos de sua terra. É um mix de sons dos quais o samba, especificamente, o de roda tem forte representação.

Nas composições, letras simples, mas com arranjos que fazem toda diferença. Sílaba Muda a canção do vídeo é de uma leveza e lirismo que a muito não vejo em novos artistas. Talvez não tenha eu tido oportunidade de me esbarrar em outros artistas como ele. Quantos Silas haverão por ai com trabalhos belíssimos para nos presentear?

Aparentemente, a carreira musical de Silas é recente, no entanto a qualidade do trabalho já pôde ser comprovada no Unifest, festival universitário de música em que participam músicos de todo o estado. Com a composição Samba TQT – um belo samba de roda – que fala da principal festa baiana, o carnaval, Silas ganhou o primeiro lugar com a canção.

Enfim, é um trabalho que vale a pena conferir. No MySpace do artista é possível conhecer algumas composições dele. Não deixem de conferir! Bendito seja o Orkut. (risos).

Abaixo vídeo que me apresentou o artista.

Sílaba muda - Silas Giron


sexta-feira, 10 de abril de 2009

Semana Santa

É galera, apesar de não ser religioso, achei importante postar algo nesse dia tão importante para cristãos do mundo todo.

Segundo dizem os antigos, hoje é um dia em que deveriamos reverenciar o silêncio, em sinal de respeito ao calvário vivido por Cristo. Ou seja, este post deveria ser uma exaltação ao oposto da música, mas, por uma questão de (não) tradição, não será o caso.

Apesar de pessoas como eu não mais seguirem e reconhecerrem nesta data a importância que ela tem, eu desejo que o dia de hoje seja um dia, se não de reflexão, pelo menos de paz interior.

Voltando ao não-silêncio, deixo aqui como uma homenagem uma música que muitos diram clichê, mas que particularmente vejo uma representação ideal para a data. A música de Chico Buarque e Gilberto Gil que nada mais é do que uma bela alegoria pra um contexto politíco que minha geração não viveu. Para vocês... Cálice!

Boa Páscoa a todos!

Cálice
Composição: Chico Buarque e Gilberto Gil
Intérpretes: Chico Buarque e Milton Nascimento



sexta-feira, 3 de abril de 2009

Sampa: uma canção


Olá caros leitores deste blog, hoje serei breve. Vim só postar uma música que gosto muito - Sampa. A canção composta pelo meu conterrâneo e, indiscutívelmente, grande compositor brasileiro, Caetano Veloso, é uma homenagem a cidade de São Paulo.

Considero essa uma das composições mais bonitas do Caetano. O louco é pensar que uma sintese musical tão bonita de São Paulo, reconhecida como "hino" por paulistas famosos como Jô Soares, tenha sido feita por um baiano.

Minha querida Bahia já foi por diversas vezes homenageada por esse e por outros artistas consagrados, mas isso não me conduz a não reconhecer quão bem feita é a música Sampa.

Abaixo a letra e o vídeo da canção.

Sampa

Composição: Caetano Veloso

Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga e a avenida São João
É que quando eu cheguei por aqui eu nada entendi
Da dura poesia concreta de tuas esquinas
Da deselegância discreta de tuas meninas

Ainda não havia para mim Rita Lee
A tua mais completa tradução
Alguma coisa acontece no meu coração
Que só quando cruza a Ipiranga e a avenida São João

Quando eu te encarei frente a frente não vi o meu rosto
Chamei de mau gosto o que vi, de mau gosto, mau gosto
É que Narciso acha feio o que não é espelho
E à mente apavora o que ainda não é mesmo velho
Nada do que não era antes quando não somos mutantes

E foste um difícil começo
Afasto o que não conheço
E quem vende outro sonho feliz de cidade
Aprende depressa a chamar-te de realidade
Porque és o avesso do avesso do avesso do avesso

Do povo oprimido nas filas, nas vilas, favelas
Da força da grana que ergue e destrói coisas belas
Da feia fumaça que sobe, apagando as estrelas
Eu vejo surgir teus poetas de campos, espaços
Tuas oficinas de florestas, teus deuses da chuva

Pan-Américas de Áfricas utópicas, túmulo do samba
Mais possível novo quilombo de Zumbi
E os novos baianos passeiam na tua garoa
E novos baianos te podem curtir numa boa



Sampa - Caetano Veloso

quarta-feira, 18 de março de 2009

Sucumbi um gigante da música.

Não, não me refiro a um grande artista do show biz ou uma das grandes gravadoras que os representa. O gigante a que me refiro é uma das maiores e principais comunidades de troca de arquivos de audio da internet: a comunidade Discografia, no Orkut. Talvez nem todos concordem mas, ao meu ver, a comunidade do site de relacionamento a algum tempo virou uma referência na troca de músicas, na verdade, cds, pela internet.

Em outubro do ano passado, este blog falou sobre a campanha que os moderadores da comunidade haviam feito buscando o apoio dos usuários (mais de 900 mil) no embate contra as entidades representantes da indústria fonográfica, que a algum tempo exerce forte pressão pelo fim da comunidade. Apesar da mobilização de muitos dos integrantes da comuniade, INFELIZMENTE, no último domingo, os moderadores da Discografia anunciaram o fim das atividades, pegando muitos usuários (como este que vos fala) de surpresa.

Aos usuários, a moderação, como quem apresenta uma nota de falecimento justifica: "Nosso trabalho foi árduo para manter as comunidades organizadas, sem auferir nenhum tipo de vantagem financeira com elas, somente com o intuito de contribuir de alguma forma para a cultura e entretenimento". E, aos incoformados como eu, disponibilizou uma lista com o nome e o contato dos órgãos, e mesmo respresentantes deles, responsáveis pleas sucessivas interpelações judiciais.

Aqui começam as reflexões deste blogueiro viciado em música e que tinha na comunidade a possibilidade e o estimulo de conhecer novos artistas, novos sons. Sempre me pego pensando nesse antagonismos (que deve ser revisto) entre DOWNLOADS e DIREITOS AUTORAIS. Embora compreenda o argumento utilizado pela indústria fonográfica, não acredito que a gratificação dos autores só possa acontecer através da venda de cds. Penso, inclusive, que atitudes como essa - o fechamento da comunidade Discografia - apenas diminua a capacidade de divulgação dos artistas em geral e que seja um estimula aos verdadeiros piratas.

É ilusão achar que as pessoas passem a consumir mais cds por conta da dificuldade de se fazer os downloads. As pessoas deixam de comprar cd não por que é mais fácil baixar mas sim por que, no país em que vivemos, comprar um cd significa deixar de ter uma boa educação, deixar de ter uma boa alimentação, significa não ter a possibilidades de consumir a música 'ao vivo', e mesmo outras artes. Niguém, sobretudo nós brasileiros comuns, tem a possibilidade de ser um consumidor ativo de cds ou shows. Então isso significa que não posso ter a oportunidade de conhecer um pouco a fundo a trabalho de mais nenhum artista? Ou devo tirar na sorte que artista deverei conhecer?

Enfim, passaria horas aqui argumentando o quanto me sinto excluído por essa lógica insensivel do capitalismo. Acredito de verdade que as gravadores (se assim quiserem os artistas) poderiam ganhar sobre sua produção intelectual de outras formas. Me sinto prejudicado apenas por ser um apixonado por música que teve a oportunidade de conhecer a fundo o trabalho de muitos artistas, nacionais e internacionais, por conta de iniciativas como a comunidade Discografia. Via a comunidade como uma forma de vitrine musical onde eu podia conhecer músicas. Gostaria MUITO de constituir uma cdteca, mas não é a minha realidade. Terei agora que me contentar em conhecer uma ou duas músicas - possivelmente as comerciais - dos artistas que já conheço. É uma pena!

Ah... não poderia deixar de lançar aqui um questionamento àqueles que por ventura leiam este texto. Vocês concordam que esse combate aos downloads possam ser um estimula aos VERDADEIROS piratas, que sempre encontram uma forma de reproduzir os discos e colocarem nas bancas de camelôs país a fora???

terça-feira, 10 de março de 2009

Gracias a La Vida

Este fim de semana, no dia internacional das mulheres, as mulheres de minha família se reuniram num almoço em minha casa para celebrar o seu dia e confraternizar em família. Obviamente, como em qualquer celebração, a música teve papel fundamental e uma das trilhas sonoras foi o cd Falso Brilhante de Elis regina que minha mãe havia acabado de ganhar.

Embora todo o cd seja de uma qualidade ELIS, uma música se sobresaiu e foi motivo de atenção especial - Gracias a La Vida. Já fui diversas vezes acordado com essa música, graças a minha mãe que sempre faz questão de ouvi-la num volume mais alto possível. Apesar de gostar muito da música, meu espanhol escasso nunca me permitiu saber exatamente sobre o que ela falava além de uma gratidão a vida - até esse 08 de março em que minha tia me pediu que procurasse sua tradução.

Bem, para não mais me prolongar, deixo a tradução desta música que é uma verdadeira declaração de amor à algum sortudo. Uma linda declaração de amor cantada por cantoras como Elis Regina e Mercedes Sosa.



Violeta Parra # Gracias a la Vida ( Tradução em português )

Obrigado à vida que tem me dado tanto
Deu-me dois olhos que quando os abro
Perfeitamente distingo o negro do branco
E no alto céu seu fundo estrelado
E nas multidões o homem que eu amo.
.
Obrigado à vida que tem me dado tanto
Deu-me a audição que em toda a sua largura
Grava noite e dia grilos e canários
Martírios, turbinas, latidos, chuveiro
E a voz tão terna do meu bem amado.
.
Obrigado à vida que tem me dado tanto
Deu-me o som e o abecedário
Com ele, as palavras que penso e declaro
Mãe, amigo e irmão
E luz iluminando a rota da alma que estou amando
.
Obrigado à vida que tem me dado tanto
Deu-me o coração que agita em sua marca
Quando olho o fruto do cérebro humano
Quando olho o bom tão longe do mal
Quando olho o fundo de teus olhos claros.
.
Obrigado à vida que tem me dado tanto
Deu-me a marcha de meus pés cansados
Com eles andei cidades e charco
Praias e desertos, montanhas e planícies
E a casa tua, tua rua e teu quintal.
.
Obrigado à vida que tem me dado tanto
Deu-me o riso e deu-me o pranto
Assim eu distingo sorte de fraqueza
Os dois materiais que formam meu canto
E o canto dos senhores que és o mesmo canto
E o canto de todos que és o meu próprio canto


Letra Original

Acompanhem a musica no video.
Gracias a la Vida - Elis Regina

quarta-feira, 4 de março de 2009

Dead And Gone

Olá galera, acabei de encontrar um clip do T.I. (pseudônimo do rapper Clifford Joseph Harris Jr) com participação do Justin Timberlake. “Dead and gone” conta a historia de um atentado sofrido pelo rapper em que seu assistente e melhor amigo, Big Phil, foi vitimado.

Em verdade, esse é meu primeiro contato com o artista (pelo menos conscientemente). O que me levou a ler a matéria do G1 sobre o vídeo foi justamente a participação de Timbarlake, de quem tenho certa admiração pelo trabalho. É o cantor quem sustenta a melodia da música em contraposição aos versos "falados" dentro da batida hip hop.

Porém, o que chamou minha atenção e propõe-se a ser o objeto deste texto é o vídeo em si. Fiquei admirado pela qualidade do clip e uma das coisas que mais me chamou atenção foi a fotografia (imagem) do vídeo. Primeiro por atrelar ao hip hop uma paisagem que, pelo menos no imaginário coletivo, é completamente distante do universo da black music. Segundo por considerar o clip de uma beleza singular, mostrando em cada cena o quão bela pode ser a visão de um lugar 'morto' - um deserto.

Enfim, espero que apreciem o video, e a música, que é parte integrante de sua beleza - tanto quanto a imagem. Até breve.


T.I. Ft. Justin Timberlake - Dead And Gone

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Parabéns Motown!!!!

Fundada em 1959, por Berry Gordy Jr., a Motown é uma gravadora americana com o objetivo de gravar, produzir e lançar, quase que exclusivamente, artistas negros – em uma época em que muitos dos estados dos EUA eram racialmente segregados. A gravadora possuía o audacioso slogan: “o som da América jovem”.

No ultimo dia 12 fez 50 anos que o produtor e empresário norte-americano Barry Gordy, a partir de uma empréstimo de U$ 800, fundou em Detroit a gravadora Tamla – que em dezembro daquele ano viraria a Motown. Estão entre os artistas mais famosos da Motown, The Supremes, Marvin Gaye, The Temptations, Martha & The Vandellas, Stevie Wonder, The Jackson Five e Smokey Robinson & The Miracles. Do soul mais açucarado ao funk mais pesado, todos os estilos de música negra dos EUA foram representados pela gravadora

A filosofia da gravadora era baseada em princípios adotados nas montadoras de automóveis de Detroit e segui o principio de uma “linha de produção”, com times de compositores (como o trio Holland-Dozier-Holland e Smokey Robinson), e uma banda de estúdio entrosada (os Funk Brothers) produzindo hit atrás de hit, enquanto os cantores eram “profissionalizados” com cursos de dicção, canto e dança.

Realmente, é perceptível a similaridade dos sons e da própria musica Black deste período. Mas é engraçado que, embora “padronizados”, cada artistas imprimia sua própria marca, singularizando o produto. Muitos deles tendo grande sucesso ainda hoje, alguns deles inclusive ainda fazendo parte da gravadora, vendida para a Universal Music, que agora se chama Motown Universal Music Group.

Embora minhas experiências com a música negra americana dos primórdios da Motown, sou fascinado pelo som. Meu primeiro contato com o estilo, certamente, foi com os Jackson Five e com o Stivie Wonder, de quem ouvia minha mãe comentar sua paixão da infância. Nessas horas é que dou graças a Deus por ter acesso a uma tecnologia que me permite conhecer e usufruir de talentos anterior a minha geração.

Enfim, dedico este post aos 50 anos da Motown, desejando mais 50 anos apresentando e, por que não, produzindo grandes sucessos da musica Black. Como não podia deixar de ser, logo abaixo deixo uma musica dos Jackson Five, um dos grandes íones da gravadora.


Jackson Five - Got to be There & Brand New Thing


segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Sinal Fechado

Bem-vindo a 2009 galerinha. Que esse ano possa ser proveitoso pra todos nós, com muita paz e prosperidade. Mas enfim, vamos ao que interessa. E o que interessa aqui no Juke é música.


Para retomar as atividades aqui no Juke e para estrear 2009 resolvi trazer uma musica do Paulinho da Viola que acho fantástica, Sinal Fechado – sobretudo a interpretação sensacional de Chico Buarque e Maria Bethânia. Conheci essa música através dessa versão que compões o cd Chico Buarque & Maria Bethânia ao vivo (que tem um repertório formidável).


Sinal fechado é uma música simples, escrita representando um diálogo entre duas pessoas que não se vêm a algum tempo e que se encontram por acaso num sinal de transitoqualquer. Pra mim, a genialidade da música está justamente no fato dela tratar do distanciamento das relações – algo tão recorrente no contexto contemporâneo – em detrimento da busca pelo dinheiro.


Pois bem... vale a replexão!!! Abaixo, para quem não conhece, Sinal Fechado!


Chico Buarque - Sinal Fechado
by Paulinho da Viola
 
 
– Ola!  Como vai?
– Eu vou indo. E você, tudo bem?
– Tudo bem! Eu vou indo, correndo pegar um lugar no futuro... E
você?
– Tudo bem! Eu vou indo, em busca de um sono tranqüilo... 
   Quem sabe?...
– Quanto tempo!...
– Pois é, quanto tempo!...
 
– Me perdoe a pressa, é a alma dos nossos negócios!
– Oh, não tem de quer! Eu também só ando a cem!...
– Quando é que você telefona? Precisamos nos ver por aí! 
– Pra semana, prometo, talvez nos vejamos... Quem sabe...
– ...Quanto tempo!
– Pois é... Quanto tempo!...
 
– Tanta coisa que eu tinha a dizer, mas eu sumi na poeira das
ruas...
– Eu também tenho algo a dizer, mas me foge à lembrança!
– Por favor, telefone! Eu preciso beber alguma coisa
rapidamente...
– Pra semana...
– O sinal!...
– Eu procuro você...
– Vai abrir!...
– Prometo, não esqueço...
– Por favor, não esqueça. Por favor!...
– Adeus!
– Não esqueço...
– Adeus!
– Adeus!

Sinal Fechado - Chico Buarque e Maria Bethânia (ao vivo)