O que acontece quando um estudante de Comunicação, fanático por música, resolve falar sobre o tema? A resposta está aqui... um blog ao estilo Jukebox de ser, que tenta fazer um mix de todos os questionamentos e dicas sobre uma arte essencial para viver, a música.

quarta-feira, 18 de março de 2009

Sucumbi um gigante da música.

Não, não me refiro a um grande artista do show biz ou uma das grandes gravadoras que os representa. O gigante a que me refiro é uma das maiores e principais comunidades de troca de arquivos de audio da internet: a comunidade Discografia, no Orkut. Talvez nem todos concordem mas, ao meu ver, a comunidade do site de relacionamento a algum tempo virou uma referência na troca de músicas, na verdade, cds, pela internet.

Em outubro do ano passado, este blog falou sobre a campanha que os moderadores da comunidade haviam feito buscando o apoio dos usuários (mais de 900 mil) no embate contra as entidades representantes da indústria fonográfica, que a algum tempo exerce forte pressão pelo fim da comunidade. Apesar da mobilização de muitos dos integrantes da comuniade, INFELIZMENTE, no último domingo, os moderadores da Discografia anunciaram o fim das atividades, pegando muitos usuários (como este que vos fala) de surpresa.

Aos usuários, a moderação, como quem apresenta uma nota de falecimento justifica: "Nosso trabalho foi árduo para manter as comunidades organizadas, sem auferir nenhum tipo de vantagem financeira com elas, somente com o intuito de contribuir de alguma forma para a cultura e entretenimento". E, aos incoformados como eu, disponibilizou uma lista com o nome e o contato dos órgãos, e mesmo respresentantes deles, responsáveis pleas sucessivas interpelações judiciais.

Aqui começam as reflexões deste blogueiro viciado em música e que tinha na comunidade a possibilidade e o estimulo de conhecer novos artistas, novos sons. Sempre me pego pensando nesse antagonismos (que deve ser revisto) entre DOWNLOADS e DIREITOS AUTORAIS. Embora compreenda o argumento utilizado pela indústria fonográfica, não acredito que a gratificação dos autores só possa acontecer através da venda de cds. Penso, inclusive, que atitudes como essa - o fechamento da comunidade Discografia - apenas diminua a capacidade de divulgação dos artistas em geral e que seja um estimula aos verdadeiros piratas.

É ilusão achar que as pessoas passem a consumir mais cds por conta da dificuldade de se fazer os downloads. As pessoas deixam de comprar cd não por que é mais fácil baixar mas sim por que, no país em que vivemos, comprar um cd significa deixar de ter uma boa educação, deixar de ter uma boa alimentação, significa não ter a possibilidades de consumir a música 'ao vivo', e mesmo outras artes. Niguém, sobretudo nós brasileiros comuns, tem a possibilidade de ser um consumidor ativo de cds ou shows. Então isso significa que não posso ter a oportunidade de conhecer um pouco a fundo a trabalho de mais nenhum artista? Ou devo tirar na sorte que artista deverei conhecer?

Enfim, passaria horas aqui argumentando o quanto me sinto excluído por essa lógica insensivel do capitalismo. Acredito de verdade que as gravadores (se assim quiserem os artistas) poderiam ganhar sobre sua produção intelectual de outras formas. Me sinto prejudicado apenas por ser um apixonado por música que teve a oportunidade de conhecer a fundo o trabalho de muitos artistas, nacionais e internacionais, por conta de iniciativas como a comunidade Discografia. Via a comunidade como uma forma de vitrine musical onde eu podia conhecer músicas. Gostaria MUITO de constituir uma cdteca, mas não é a minha realidade. Terei agora que me contentar em conhecer uma ou duas músicas - possivelmente as comerciais - dos artistas que já conheço. É uma pena!

Ah... não poderia deixar de lançar aqui um questionamento àqueles que por ventura leiam este texto. Vocês concordam que esse combate aos downloads possam ser um estimula aos VERDADEIROS piratas, que sempre encontram uma forma de reproduzir os discos e colocarem nas bancas de camelôs país a fora???

terça-feira, 10 de março de 2009

Gracias a La Vida

Este fim de semana, no dia internacional das mulheres, as mulheres de minha família se reuniram num almoço em minha casa para celebrar o seu dia e confraternizar em família. Obviamente, como em qualquer celebração, a música teve papel fundamental e uma das trilhas sonoras foi o cd Falso Brilhante de Elis regina que minha mãe havia acabado de ganhar.

Embora todo o cd seja de uma qualidade ELIS, uma música se sobresaiu e foi motivo de atenção especial - Gracias a La Vida. Já fui diversas vezes acordado com essa música, graças a minha mãe que sempre faz questão de ouvi-la num volume mais alto possível. Apesar de gostar muito da música, meu espanhol escasso nunca me permitiu saber exatamente sobre o que ela falava além de uma gratidão a vida - até esse 08 de março em que minha tia me pediu que procurasse sua tradução.

Bem, para não mais me prolongar, deixo a tradução desta música que é uma verdadeira declaração de amor à algum sortudo. Uma linda declaração de amor cantada por cantoras como Elis Regina e Mercedes Sosa.



Violeta Parra # Gracias a la Vida ( Tradução em português )

Obrigado à vida que tem me dado tanto
Deu-me dois olhos que quando os abro
Perfeitamente distingo o negro do branco
E no alto céu seu fundo estrelado
E nas multidões o homem que eu amo.
.
Obrigado à vida que tem me dado tanto
Deu-me a audição que em toda a sua largura
Grava noite e dia grilos e canários
Martírios, turbinas, latidos, chuveiro
E a voz tão terna do meu bem amado.
.
Obrigado à vida que tem me dado tanto
Deu-me o som e o abecedário
Com ele, as palavras que penso e declaro
Mãe, amigo e irmão
E luz iluminando a rota da alma que estou amando
.
Obrigado à vida que tem me dado tanto
Deu-me o coração que agita em sua marca
Quando olho o fruto do cérebro humano
Quando olho o bom tão longe do mal
Quando olho o fundo de teus olhos claros.
.
Obrigado à vida que tem me dado tanto
Deu-me a marcha de meus pés cansados
Com eles andei cidades e charco
Praias e desertos, montanhas e planícies
E a casa tua, tua rua e teu quintal.
.
Obrigado à vida que tem me dado tanto
Deu-me o riso e deu-me o pranto
Assim eu distingo sorte de fraqueza
Os dois materiais que formam meu canto
E o canto dos senhores que és o mesmo canto
E o canto de todos que és o meu próprio canto


Letra Original

Acompanhem a musica no video.
Gracias a la Vida - Elis Regina

quarta-feira, 4 de março de 2009

Dead And Gone

Olá galera, acabei de encontrar um clip do T.I. (pseudônimo do rapper Clifford Joseph Harris Jr) com participação do Justin Timberlake. “Dead and gone” conta a historia de um atentado sofrido pelo rapper em que seu assistente e melhor amigo, Big Phil, foi vitimado.

Em verdade, esse é meu primeiro contato com o artista (pelo menos conscientemente). O que me levou a ler a matéria do G1 sobre o vídeo foi justamente a participação de Timbarlake, de quem tenho certa admiração pelo trabalho. É o cantor quem sustenta a melodia da música em contraposição aos versos "falados" dentro da batida hip hop.

Porém, o que chamou minha atenção e propõe-se a ser o objeto deste texto é o vídeo em si. Fiquei admirado pela qualidade do clip e uma das coisas que mais me chamou atenção foi a fotografia (imagem) do vídeo. Primeiro por atrelar ao hip hop uma paisagem que, pelo menos no imaginário coletivo, é completamente distante do universo da black music. Segundo por considerar o clip de uma beleza singular, mostrando em cada cena o quão bela pode ser a visão de um lugar 'morto' - um deserto.

Enfim, espero que apreciem o video, e a música, que é parte integrante de sua beleza - tanto quanto a imagem. Até breve.


T.I. Ft. Justin Timberlake - Dead And Gone