O que acontece quando um estudante de Comunicação, fanático por música, resolve falar sobre o tema? A resposta está aqui... um blog ao estilo Jukebox de ser, que tenta fazer um mix de todos os questionamentos e dicas sobre uma arte essencial para viver, a música.

terça-feira, 25 de março de 2008

Chico Buarque - Um mito.

Resolvi me aventurar a falar de um ícone da música brasileira que – embora admita reconhecer apenas superficialmente seu trabalho – considero um musico inigualável, Francisco Buarque de Hollanda, ou, simplesmente e principalmente, Chico Buarque.

Compositor, escritor, cronista, dramaturgo, intelectual. Dotado de uma inteligência perspicaz contrastante com sua timidez nítida, e já criticada por Elis Regina – que deixou de gravá-lo no inicio da carreira de ambos, por tal motivo –, Chico é um mito. Muitas peças e livros escritos, crônicas de uma inteligência singular, o forte deste carioca é, de fato, a música – que permeia ou conduz toda sua obra.

Lembro que o primeiro contato real – aquele em que você percebe a obra – que tive com o trabalho de Buarque (como cantor) foi aos 15 anos. Precisava encontrar uma música que pudéssemos interpretar na aula de teatro no colégio e garimpando nos cds (poucos) que havia lá em casa acabei escutando to do o cd Millenium – Chico Buarque do qual extraí a música “A banda” pra o trabalho. Ali fui tocado pela magia do compositor.

Depois disso passei a escutar o cd de Buarque e me interessar por suas músicas. Óbvio que já o tinha escutado suas canções em muitos momentos, mas não tinha percebido essencialmente seu trabalho. Foi muito louco descobrir que Atrás da Porta, música interpretada de forma emocionante por Elis Regina, era dele. Foi o meu primeiro contato com o lado feminino do compositor, que viria ser reconhecido futuramente na interpretação de outras cantoras como Bethânea e Gal.

À medida que o tempo passou, fui tendo cada vez mais contato com a obra dele e por conta do amadurecimento passei a prestar uma maior atenção nas letras. O lirismo de suas musicas, suas críticas veladas em versos ingênuos, tudo isso me fascinou e me fascina. È assustador ver o desenvolvimento lógico-intelectual e estrutural de algumas de suas músicas como, por exemplo, Construção. É um show a parte.

Tal talento fez de Chico um mito da música nacional e internacional. Reverenciado por publico, critica e colegas de profissão. Fez parcerias e foi gravado por grandes nomes da música popular brasileira, entre eles Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Toquinho, Milton Nascimento e Caetano Veloso. Tendo Francis Hime como um dos parceiros mais constantes de onde surgiram musicas como Atrás da Porta e Luíza.

Para essa humilde pessoa que escreve essas linhas, Chico Buarque é uma referência no que diz respeito a boas composições. Ainda hoje não o tenho como ídolo. Mas chego a estranhá-lo, a pensá-lo como um ser humano digno de estudo e compreensão, tal o respeito e admiração que nutro por seu trabalho. Pra mim, Chico Buarque é uma incógnita que sabe como poucos fazer musicas inteligentes, criticas, criativas e, o mais importante, simples.

Fonte e foto: Wikipédia.


PS: Acabo de saber que Chico Buarque lidera a lista do ECAD tendo sido o primeiro em arrecadações de shows em 2007.

quarta-feira, 19 de março de 2008

Comentanto o IPSIS LITTERIS de 17/03/08

x

Caros leitores a minha inspiração pra escrever, hoje, veio de um outro blog - muito interessante por sinal. Diante da infinidade de coisas que pretendia comentar no texto do dia 17 de março, pelo F. Grijó do IPSIS LITTERIS, resolvi fazê-lo aqui. E o tema é: Qualidade musical, ou gosto musical.

No texto "A Blindagem da Opinião" Grijó apresenta sua opinião - com intuito de debater - sobre o que é a boa música. O autor, entra no debate, ao meu ver, tão delicado e polemico sobre o rumo da musica brasileira com a proliferação, por assim dizer, de musicas de pessima qualidade. E deixa claro que, infelizmente (assim entendi), a boa música ficou pra trás, circunscrita a velha MPB - já que hoje em dia temos a Nova, que ele não mencionou - entr outros generos.

Diante do texto apresentado, me fiz a seguinte pergunta: finalmente, o que é boa música? Músicas com letras cultas? Com bons arranjos? Com uma boa interpretação? Com uma mensagem positiva? A mistura de tudo isso? O que é? Não sei.

Sempre que surgr um debate como esse, a respeito da "qualidade" da musica contemporânea, atribuisse ao jovem o fato de não haver boas musicas. Confesso que também eu me questiono se não haverão mais Chicos Buarques, Vinicius de Moraes, Marias Bethâneas entre tantos outros. Embora jovem, gosto muito das consideradas (oficialmente) boas músicas. Mas isso não significa dizer que acho todo o resto um lixo musical.

Confesso que fiquei um tanto quanto chocado ao ver bandas Jota Quest, O Rappa, Charlie Brown Jr. e CPM 22 no rol das músicas de nenhuma qualidade. Ritmos musicais como forró, axé, pagode, entre outros sendo absolutamente desconsiderados. Como muitos críticos - profissionais ou não - também custumo achar muitas das musicas executadas por bandas dos estilos mencionados ridículas. Mas isso não me fazem desconsiderar sua qualidade enquanto forma de expressão, enquanto demonstração de uma realidade.
Penso que não podemos marginalizar um estilo musical somente por não haver nele uma pretensa intelectualidade. "As pessoas nao querem pensar com a música, mas sim se entreter. Pegar garotas, curtir a noite...", comentou um dos visitante do blog. Mas que mal há nas pessoas utilizarem a música com essas finalidade. Pra mim, música é isso. É curtição, é animação, é tristeza, é saudade, é conhecimento, é cultura.

Não existe coerência em querer fazer da música apenas uma extensão da escola. Ela é muito mais que isso. Música é vida. E viver é errar, é acertar, é ser fútil em alguns momentos, e sábios em outros. Assim como vivemos de acordo com os exmplos que nos são passados, ouvimos e nos interessamos por musicas que nos toquem o coração, que façam parte da nossa realidade - sobretudo por músicas que compreendamos e nos pareçam práticas.

Bem, não sou hipocrita de dizer que nunca sensurei os funks, os pagodes, os rocks da vida. Talvez eu não sirva de modelo, vito que o meu leuqe de gosto musical é de uma extensão que até eu me surpreendo. Mas não dá pra discutir e defender gostos musicais sem levar em conta todas as variavéis. E, como muito foi mencionado no texto e nos comentarios recebidos pelo Grijó, gosto é, de fato, discutivel. Mas sentimento (entenda a palavra no sentido mais amplo), esse não é.



PS: Não deixem de ler o texto que originou esse.
Valeu!!!


quarta-feira, 12 de março de 2008

Que loucura!!!

Bem, pelo jeito, vida de estrela é, de fato, de domínio publico.

Correndo alguns sites em busca de uma luz, um assunto que me inspirasse para escrever – visto que tem tempo que não o faço – me deparei com a seguinte noticia: Exorcista quer fazer ritual com Amy Winehouse.

Não conheço o trabalho da cantora em questão, sobre quem muito tenho ouvido falar ultimamente, mas não pude resistir à tentação de comentar o fato. Não consegui entender o por que de alguém fazer uma declaração desta natureza, no caso o reverendo Bob Larson, conhecido por ser um dos mais famosos exorcistas do mundo.

Pelo que entendi da reportagem, o reverendo não estava prestes a atender a um pedido de uma pessoa desesperada, quer Winehouse esteja possuída ou não. Segundo a matéria do site Terra, o reverendo estaria disposto, inclusive, a seguir a cantora no intuito de fazer sua boa ação, para tentar livrá-la “dos demônios que a perseguem”.

Quando li a noticia achei interessante saber que alguém, de forma tão altruísta, se propõe a ajudar uma outra pessoa em tão complexa situação. No entanto, nunca havia visto alguém que quisesse fazer isso mesmo sem a solicitação do beneficiado – a matéria ñ deixou claro a visão da artista a respeito do assunto.

Como disse antes, não conheço muito nem a vida nem a obra da cantora mas, lendo outras noticias sobre a mesma, concluir que a dedução de que Amy Winehouse estaria sendo possuída por demônios decorre do fato da cantora ter um estilo altamente “drugs, crazy and rock’n’roll”...

Quero só ver no que vai dar esta historia, qual será seu desfecho.

Por favor, se alguém ficar sabendo avise-me.



Fonte: http://musica.terra.com.br/interna/0,,OI2670521-EI1267,00.html

sábado, 8 de março de 2008

Existem listas, listas e listas...

Adoooooooooro listas. Eleições de listas de músicas, álbuns, bandas, etc. Acompanho a maioria delas: as músicas mais estimulantes, as mais felizes, mais tristes, os melhores álbuns britânicos...

Há algumas noites atrás, no meio de uma conversa no MSN, alguma coisa me fez relembrar essas listas (tá, confesso que nem lembro o que trouxe estas lembranças). As pesquisas para a composição dos “melhores” ou “piores” são, geralmente, encomendadas por revistas ou sites, se são confiáveis ou não é uma discussão que fica para outro post. Mas, não é uma atividade interessante conferir os resultados e confrontá-los com nossa opinião?

Estou pesquisando as vencedoras dessas listas, já tenho algum material reunido. Aí embaixo estão dois resultados, duas das famigeradas listas... e aí??? Você concorda com a escolha das vencedoras???

5 Melhores letras de música, realizada em 2006 pelo canal musical VH1:

1. One, U2
2. How soon is now, The Smiths
3. Smells like teen spirit, Nirvana
4. Redemption song, Bob Marley
5. Yellow, Coldplay

10 músicas mais irritantes de todos os tempos, realizada pelo tablóide britânico The Sun, em 2007:

1. You’re beautiful, James Blunt
2. Crazy Frog, Axel F.
3. Mmm Bop, Hanson
4. Mr, Blooby, Mr. Blooby
5. Birdie song, The Tweets
6.Shout, Lulu
7.Agadoo, Black Lace
8.Grace Kelly, Mika
9. My heart will go on, Celine Dion
10. La Macarena, Los Del Rios

Aguardem novas listas para breve...

domingo, 2 de março de 2008

Ah! Que saudade.

Por Midiã Noelle
Quando tinha 8 anos, era uma criança como a maioria, que gostava de brincar, se divertir, assistir xuxa, e... ouvir os Mamonas Assassinas. Em março de 1996, no dia 02, mesma data de hoje, recebi a notícia de que o avião da banda havia caído em algum "mato", e eles provavelmente teriam morrido.
Naquela época, ainda não conhecia a tristeza de perder alguém que gostasse. Minhas avós ainda eram vivas, e para mim a dor da perda era algo ainda abstrato. Mas naquele inicio do mês de março, eu, uma criança que não tinha completado nem dez anos, tinha sentido a primeira dor de gente grande. Os Mamonas Assassinas realmente silenciaram suas canções para sempre... Mas é claro que as gravações estão aí, para registrar quem eles foram nos corações dos fãs.


Quando assisti a reportagem do velório e enterro do grupo, já não conseguia mais ver tv e a desligava, pois achava tudo muito triste. Curiosamente em 2003, seis anos após a morte de Júlio, Bento, Sérgio, Samuel, e Dinho, estava na escola, quando um amigo resolveu me mostrar um site com as fotos dos corpos da banda na época do acidente. As imagens me deixaram perplexa e todo aquele sentimento de perda de quando eu era apenas uma criança, voltou. Chega a ser meio idiota expressar essas minhas inquietações juvenis no blog, porém é inevitável na data de hoje, não relembrar um dia em que jovens e adultos choraram a perda de um talento, que não se resumia apenas em música para animar festas infantis, e sim a morte de pessoas do bem, que tinham uma longa trilha pela frente.

Achei um clipe no youtube em homenagem a banda, com a música Tributo aos Mamonas, gravada lá em 96 pelo grupo Só pra contrariar, espero que gostem:




"Júlio, Bento Sérgio, Samuel, e Dinho.
Vivem juntos lá no céu. Foram brincar com Deus...
Ah! Que saudade.
O Brasil voltou a se emocionar...
Protejam seus meninos.
Mamonas Assassinas".


Obs: Também leiam o post anterior sobre o U2.