O que acontece quando um estudante de Comunicação, fanático por música, resolve falar sobre o tema? A resposta está aqui... um blog ao estilo Jukebox de ser, que tenta fazer um mix de todos os questionamentos e dicas sobre uma arte essencial para viver, a música.
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sexta-feira, 5 de agosto de 2011

Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo.



Sobre a descrição de 'filme emocionante' assisti essa semana ao filme Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo. A película é um 'road movie' onde o protagonista, um geólogo de 34 anos, atravessa o sertão nordestino com a missão de mapear a região onde será construído um canal que desviará um rio - como acontecerá no rio São Francisco (infelizmente).

Emocionante?! Talvez. Depende da perspectiva. Durante todo o filme, apenas ouvimos José Renato narrar sua história enquanto cruza um Brasil seco, desconhecido e monotono. Aliás, monotonia é um adjetivo que impera bastante nessa narrativa. Muitas vezes tem-se a sensação de estar assistindo uma apresentação de slides com narração. Passar dos primeiros 30 minutos, só por curiosidade - na esperança de um ponto de virada fabuloso, o que não acontece.

Mas, como disse antes, de um certo modo o filme emociona. Ah, já ia esquecendo... Aliás, não vou contar o filme. Quem tiver curiosidade assisti.

Como eu disse, a emoção se materializa em algumas frases ditas pelo protagonista - a exemplo do título 'Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo'. Em suas reflexões e nos depoimentos que recolhe em sua trajetória, o frustrado e solitário viajante chama atenção para determinadas frases (aparentemente desconexas) que nos leva a refletir junto com ele - mas não sobre ele.

Dentre as inúmeras frases que balizam as emoções do geólogo, um texto de Noel Rosa se destaca e conclui a jornada emocional. Último Desejo, clássico do sambista carioca, desfecha e resume a história e os sentimentos de Renato.

Verdade seja dita, assistir a este filme é um desafio. Mas, por mais "tosco" que ele pareça, o filme demonstra um único objetivo: mexer com a emoção, com a subjetividade de quem assiste. E isto ele consegue.

Assistindo ou não ao filme, curta a canção.

Noel Rosa - Último Desejo

sábado, 23 de agosto de 2008

Ao mestre baiano!!!

Faleceu no dia 16 de agosto de 2008, meu conterrâneo, o poeta Dorival Caymmi. Em virtude da correria da vida cotidiana, não pude prestar esta homenagem antes, por isso aqui estou, com o respeito e a devoção de um ente que celebra a missa no sétimo dia da morte. Não posso me considerar um Fã (com letra maiúscula), mas alguém que teve a oportunidade de ouvir e cantar algumas de suas obras mais famosas e que, como bom baiano, não poderia deixar de prestar essa lembraça.

Dorival Caymmi nasceu em Salvador, em 30 de abril de 1914 foi um cantor, compositor, pintor e ator brasileiro. Compôs sobre os hábitos, costumes e as tradições do povo baiano. Tendo como forte influência a música negra, desenvolveu um estilo pessoal de compor e cantar, demonstrando espontaneidade nos versos, sensualidade e riqueza melódica. (Wikipédia)

Um poeta que cantou de maneira sutil o jeito de uma Bahia de um tempo que não é o meu, mas que nem por isso me faz sentir menos orgulho. Sou de um tempo em que terno branco e chapéu de palha é peça de museu. Um tempo em que a beleza das morenas é retratada de forma vulgar, nada poética. Um tempo em que não se é mais possivel observar a arte da pesca, num ritmo frenético dos milhares de carros. Talvez por isso me sinta tão orgolhoso de saber que alguém – Caymmi – foi capaz de captar tudo que havia de mais belo e mais sincero nesta terra que, ele amou, e eu amo.

Não há mais o que falar sobre esse baiano que mesmo de longe não deixou de amar sua Bahia. Paasou, provavelmente, pra um lugar melhor após 94 anos de uma produção louvavel. Uma herança para música popular brasileira que, certamente, poucos deixarão. Não me refiro apenas as belas canções como a celebre “O Que é Que a Baiana Tem”, imortalizada na voz de Carmem Miranda, “Saudade da Bahia”, “O Samba da Minha Terra”, além de tantas outras.

Não satisfeito em ter nos deixado obra tão maravilhosa, ele deixou para os brasileiros uma herança genetica fantástica chamada Dori, Danilo e Nana. CAYMMI – esse sobrenome não se esquecerá.

Vá em paz!!!

Abaixo, uma das músicas mais fantásticas de Caymmi, interpretada junto com Gal Costa. E logo após uma bela canção interpretada por um de seus herdeiros musicasis, Dori Caymmi.

Só Louco - Dorival Caymmi e Gal Costa .





É Doce Morrer no Mar - por Dori Caymmi.


quarta-feira, 23 de julho de 2008

Prazer Samba-Canção!

No ultimo dia 17, a Rede Globo exibiu mas um Por Toda Minha Vida (programa que gosto muito por causa da tematica) – que conta a trajetoria de grandes artistas brasileiros já falecidos. Depois de Cazuza, Tim Maia, Elis, Mamonas e alguns outros, o programa do dia 17 foi dedicado a Dolores Duran, a qual ouvia, esporadicamente, o nome ser mencionado por algum grande artista, mas a qual não conhecia.

Na semana em que o programa seria exibido, OUVI a chamada do programa e me interessei justamente por, ao contrário das outras edições, ser sobre uma artista que eu não conheci. Acabei não assistindo o programa, no entanto, acabei não conseguindo esquecer a cantora – que eu não conhecia, mas sabia que tinha sido um nome nacional – e esta semana, ao lembrar do programa, procurei na net informações sobre a cantora e acabei por assistir o programa no Youtube (santo site!).

Dolores Duran, nome artístico de Adiléia Silva da Rocha foi uma cantora e compositora brasileira, nascida no Rio, que representava o gênero samba-canção ou fossa (surgido na década de 30). Além de Dolores Duran e Maysa Matarazzo, destacam-se Nora Ney e Ângela Maria.

Dolores foi, com certeza, uma das maiores representantes do samba-canção brasileiro. Começou a cantar muito cedo - seu primeiro prêmio foi aos seis anos de idade. Aos 15 seu pai morreu - e a menina Adiléa teve que sustentar sua família, cantando, que é o que ela melhor sabia fazer. Autodidata, dominou o inglês, francês, italiano e espanhol ouvindo músicas, a ponto de Ella Fitzgerald lhe dizer que foi em sua voz a melhor interpretação que ela já havia ouvido de My Funny Valentine - um clássico da música norte-americana. (Wikipedia)

Pra mim, a primeira surpresa desta pesquisa foi saber que as músicas ouvidas por nossos avós, ou mesmo pais, altamente nostálgicas, se chamavam SAMBA-CANÇÃO. Percebi se tratar do mesmo gênero de música cantado por outra grande cantora que gosto, Nana Caymmi – através de quem conheci uma das musicas de Dolores (Noite do Meu Bem), sem conhecê-la.

A qualidade de Dolores era atestada por suas belas canções e, principalmente, pelas parcerias formadas pela cantora, dentre elas a feita com Vinicius de Moraes e Tom Jobim de onde surgiram músicas como Estrada do Sol (muito linda) e Por Causa de Você.
É engraçado, pelo menos ao meu ver, a forma como olhamos o tempo decorrido. A nós jovens (falo por mim), parece tão distante, tão desnecessário conhecer. Gostei da experiência de conhecer mas um mito brasileiro pouco conhecido por nós jovens. Aliás, sinto que o objetivo deste texto seja, em grande parte, esse: dizer que gostei desse novo mito que me foi apresentado e estimular os outros que não a conhece a fazê-lo.
A cantora morreu aos 29 anos de um ataque fulminante do coração enquanto dormia. Ironicamente, no dia em que morreu, após chegar em casa de mais uma madrugada de trabalho (pela manhã) e de brincar um pouco com a filha, a cantora vai dormir deixando o seguinte recado para secretária: "Não me acorde. Hoje estou muito cansada. Vou dormir até morrer"

Seguem abaixo duas musicas da Dolores. Como não existe registro de imagens das músicas que escolhi gravadas pela própria cantora, ficam as composições de Dolores interpretadas por grandes cantoras – Elis e Maria Bethânea.




Elis Regina - Estrada do Sol





Maria Bethânia - A Noite do Meu Bem


sábado, 3 de maio de 2008

CONSAGREM O SAMBA!

Por Midiã Noelle
O que diabos é um moinho?

"Um moinho é uma instalação destinada à fragmentação ou pulverização de materiais em bruto....."

Esse é o significado da palavra segundo o wikipedia, mas graças Cartola (SALVEEE!!!!!), que disse "o mundo é um moinho", no século passado, acabou por repercutir atualmente, em um trio musical.... que cá entre nós, está perfeito.

Pois é, e num "mix de estilos" que surgiu o Moinho da Bahia, agora apenas O Moinho. Uma banda que tem ritmo, musicos de peso, e que está fazendo a diferença nas ruas boêmias do Rio de Janeiro.
Mesmo morando em Salvador, tenho consciência do que está rolando de bom no mundo carioca, ainda mais, se nesse "bom", tem representantes da minha amada Bahia.

O Cd da banda, Hoje de Noite, traz regravações de nomes consagrados, como Riachão,Moraes Moreira, e Dorival Caymmi, alem de músicas inéditas. Já que toquei nesse assunto, vamos aproveitar e fazer ressalva à uma música super gostosa de ouvir, meio repetitiva, mas muiiitooo bacana, que é a ESNOBA. Essa música de lançamento, já está na trilha sonora da novela Global, Beleza Pura, e cá entre nós, caiu muito bem na personagem Rakelli...

O Moinho, traz nada mais nada menos que Emanuelle Araújo, Lan Lan e Toni Costa (quer mais ou tá pouco?).
Surgiu assim:





+ =

Emanuelle ligou para Lan Lan, que aceitou, e por fim convidaram o Toni...



Não vou escrever o histórico da banda aqui não, vou deixar o cd da banda, como dica do mês para vocês. Maiores informações entrem no site http://www.omoinho.com.br/, ou vão no myspace www.myspace.com/omoinho.

O cd já está nas lojas.ok?!
Agora, para quem não conhece, curtam o clipe de ESNOBA








Ps: Como Emanuelle evolui no "gogó" ein? De parabéns!