O que acontece quando um estudante de Comunicação, fanático por música, resolve falar sobre o tema? A resposta está aqui... um blog ao estilo Jukebox de ser, que tenta fazer um mix de todos os questionamentos e dicas sobre uma arte essencial para viver, a música.

quarta-feira, 19 de março de 2008

Comentanto o IPSIS LITTERIS de 17/03/08

x

Caros leitores a minha inspiração pra escrever, hoje, veio de um outro blog - muito interessante por sinal. Diante da infinidade de coisas que pretendia comentar no texto do dia 17 de março, pelo F. Grijó do IPSIS LITTERIS, resolvi fazê-lo aqui. E o tema é: Qualidade musical, ou gosto musical.

No texto "A Blindagem da Opinião" Grijó apresenta sua opinião - com intuito de debater - sobre o que é a boa música. O autor, entra no debate, ao meu ver, tão delicado e polemico sobre o rumo da musica brasileira com a proliferação, por assim dizer, de musicas de pessima qualidade. E deixa claro que, infelizmente (assim entendi), a boa música ficou pra trás, circunscrita a velha MPB - já que hoje em dia temos a Nova, que ele não mencionou - entr outros generos.

Diante do texto apresentado, me fiz a seguinte pergunta: finalmente, o que é boa música? Músicas com letras cultas? Com bons arranjos? Com uma boa interpretação? Com uma mensagem positiva? A mistura de tudo isso? O que é? Não sei.

Sempre que surgr um debate como esse, a respeito da "qualidade" da musica contemporânea, atribuisse ao jovem o fato de não haver boas musicas. Confesso que também eu me questiono se não haverão mais Chicos Buarques, Vinicius de Moraes, Marias Bethâneas entre tantos outros. Embora jovem, gosto muito das consideradas (oficialmente) boas músicas. Mas isso não significa dizer que acho todo o resto um lixo musical.

Confesso que fiquei um tanto quanto chocado ao ver bandas Jota Quest, O Rappa, Charlie Brown Jr. e CPM 22 no rol das músicas de nenhuma qualidade. Ritmos musicais como forró, axé, pagode, entre outros sendo absolutamente desconsiderados. Como muitos críticos - profissionais ou não - também custumo achar muitas das musicas executadas por bandas dos estilos mencionados ridículas. Mas isso não me fazem desconsiderar sua qualidade enquanto forma de expressão, enquanto demonstração de uma realidade.
Penso que não podemos marginalizar um estilo musical somente por não haver nele uma pretensa intelectualidade. "As pessoas nao querem pensar com a música, mas sim se entreter. Pegar garotas, curtir a noite...", comentou um dos visitante do blog. Mas que mal há nas pessoas utilizarem a música com essas finalidade. Pra mim, música é isso. É curtição, é animação, é tristeza, é saudade, é conhecimento, é cultura.

Não existe coerência em querer fazer da música apenas uma extensão da escola. Ela é muito mais que isso. Música é vida. E viver é errar, é acertar, é ser fútil em alguns momentos, e sábios em outros. Assim como vivemos de acordo com os exmplos que nos são passados, ouvimos e nos interessamos por musicas que nos toquem o coração, que façam parte da nossa realidade - sobretudo por músicas que compreendamos e nos pareçam práticas.

Bem, não sou hipocrita de dizer que nunca sensurei os funks, os pagodes, os rocks da vida. Talvez eu não sirva de modelo, vito que o meu leuqe de gosto musical é de uma extensão que até eu me surpreendo. Mas não dá pra discutir e defender gostos musicais sem levar em conta todas as variavéis. E, como muito foi mencionado no texto e nos comentarios recebidos pelo Grijó, gosto é, de fato, discutivel. Mas sentimento (entenda a palavra no sentido mais amplo), esse não é.



PS: Não deixem de ler o texto que originou esse.
Valeu!!!


6 comentários:

Anônimo disse...

Falar que uma coisa é boa ou ruim é muito relativo, e tb acho que não se pode discriminar um determinado estilo musical somente pelo seu gosto musical, é preciso entender a realidade local e expressão dela.

Abraço

http://umpacheco.blogspot.com/

Cinéfilo disse...

Valeu, camarada.
Debates são sempre válidos e bem-vindos, principalmente quando fundamentados no respeito e na razão.

Respondi à sua colocação em meu blog.

Grande abraço.

MaxReinert disse...

Esses temas sempre dão muito espaço para debates.

De qualquer forma, há que se resguardar uma busca pela qualidade na construção dos arranjos e no próprio vocabulário usado.

Música como expressão de uma realidade local é uma coisa (não menos m´´usica que outros tipos!) mas... qualidade é qualidade!!!

Flá Romani... disse...

Isso que é legal dos blogs, a inspiração e trocas de experiências :)

sou blogueira assumida. Gostei do seu post.

^^

Henrique Felippe disse...

Tudo é uma questão de público alvo... não se pode entrar num determinado clube e tocar valsa... não vende, não agrada e não existirá sentimento positivo... tudo é um contexto e, como costumo dizer: Gosto não se discute, lamenta-se! Aprecio demais uma valsa, uma música clássica, uma boa mpb, um funk, um pagode, samba, axé e por aí vai... e o que irá determinar o que escutarei é meu momento...

Abraços e boa páscoa para você e seus leitores...

Henrique
Vai Vendo...

Adalberto Duarte disse...

Gosto é diferente de qualidade